terça-feira, 18 de agosto de 2015

A MONOCULTURA DO EUCALIPTO E SUAS IMPLICAÇÕES
O plantio do eucalipto vem se expandindo cada vez mais em nosso país, devido à grande rentabilidade que é capaz de gerar. O presente trabalho tem por objetivo fazer uma breve análise crítica desta cultura, citando e explicando o conceito de deserto verde bem como de monocultura. Explicitamos ainda alguns usos para a madeira do eucalipto, como demonstra um gráfico do ano de 2005 para ilustrar o mesmo. Buscamos deixar claro alguns impactos causados por esta monocultura, bem como deixamos também um espaço para a análise do ponto de vista das empresas que fazem uso do eucalipto, citando o exemplo da Aracruz.




A MONOCULTURA E O DESERTO VERDE
O eucalipto é uma planta originária principalmente da Austrália e do continente da Oceania, embora algumas raras espécies sejam de ilhas como Nova Guiné e Timor, além das Ilhas Moluscas (ANDRADE, 1918, p. 3). Sua implantação em outras áreas se deu somente no século XIX, começando pela Europa, passando pelos Estados Unidos e finalmente chegando ao Brasil por meio do Sr. Frederico de Albuquerque, no ano de 1968, no estado do Rio Grande do Sul (ANDRADE, 1918, p.4). Um dos maiores propagadores da espécie pelo país foi A. Pereira da Fonseca, realizando grandes plantações no estado do Rio de Janeiro, com variadas espécies do gênero eucalyptus (ANDRADE, 1918, p.4).
A planta começou a ser amplamente utilizada depois da descoberta de seu valor econômico, e hoje é utilizado como principal fonte de alimentação da indústria da celulose no Brasil, o que acaba por ocasionar grandes discussões e até mesmo conflitos entre proprietários de terras plantadas com o eucalipto e a grande massa de militantes sem-terra. Uma das grandes vantagens do eucalipto e sua rápida difusão, é o fato de a planta ser capaz de se adaptar aos mais diversos tipos de climas, desde locais quentes e secos, como os deserto australianos, à climas muito úmidos e frios, como na Escócia.
O termo deserto verde vem ganhando um grande destaque na mídia, tanto no âmbito nacional quanto no internacional, devido à grande repercussão que tem causado os atritos que envolvem esse termo. Mas o que afinal define “deserto verde”?
A expressão, deserto verde é utilizada pelos ambientalistas para designar a monocultura de árvores em grandes extensões de terra para a produção de celulose, devido aos efeitos que esta monocultura causa ao meio ambiente. As árvores mais utilizadas para este cultivo é sobre tudo o eucalipto, pinus e acácia (MEIRELLES, 2006).
Grande parte desta discussão se deve ao fato de as terras utilizadas para o cultivo de monoculturas em larga escala, não atingirem um grande contingente de mão de obra humana, já que grande parte destas propriedades é altamente mecanizada, e quando há o emprego de mão de obra esta não é devidamente remunerada. Outro fator que tem importância nessa discussão é o fato dessas culturas serem capazes de absorver enormes quantidades de água, podendo até mesmo ressecar rios e outras fontes hídricas existentes no entorno dessas grandes plantações. Como exemplo disso pode ser citado o estado do Espírito Santo, que segundo Daniela Meirelles Dias de Carvalho, geógrafa e técnica da Fase, organização não governamental que atua na área socioambiental, só no norte do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto foi introduzido na região.


segunda-feira, 17 de agosto de 2015


MURTA: Hospedeira do Greening dos citros





Murta, Murraya paniculata, é uma das plantas mais utilizadas como cerca viva, ou como arvoretas nas vias urbanas. Porém seu uso no Paisagismo tem sido contestado. A murta, que é da mesma família (Rutaceae) das frutíferas cítricas, é o principal hospedeiro da bactéria causadora do greening ou amarelão, doença que causa sérios prejuízos para a citricultura, chegando a dizimar pomares. O psilídeo-do-citro é o inseto vetor das bactérias do greening.
Após a planta ser infectada, não há tratamento que resolva o problema, sendo necessário erradicá-la. Como medida no estado de São Paulo foram criadas leis municipais proibindo o cultivo da murta. Os sintomas da doença são o amarelecimento da copa, seguido da queda das folhas dos ponteiros dos ramos e formação de frutos disformes. A progressão dos sintomas nas murtas é bem mais lenta que nos citros. As plantas que apresentarem os primeiros sintomas, que podem ser confirmados por testes laboratoriais, devem ser arrancadas pela raiz. Além disso, recomenda-se a aplicação do inseticida que controle o inseto vetor.
Embora não se saiba ao certo a dimensão da influência das murtas infectadas sobre os pomares de citros, o ideal é a sua substituição por outras plantas, como o ligustro (Ligustrum sinense), o malvavisco (Malvaviscus mexicanus) e o sansão-do-campo (Mimosa caesalpiniaefolia).


sexta-feira, 14 de agosto de 2015

SEQUESTRO DE CARBONO

O dióxido de carbono (CO2) é um gás natural que permite que a luz do sol chegue à Terra, mas também impede que parte do calor solar se irradie de volta para o espaço, o que aquece o planeta. Os cientistas dão a esse aquecimento o nome de efeito-estufa. Quando esse efeito acontece naturalmente, a Terra se aquece o bastante para sustentar vida. De fato, se não tivéssemos o efeito-estufa, nosso planeta teria uma temperatura média de 30ºC negativos [fonte: UNEP(em inglês).
O dióxido de carbono, que faz parte do natural ciclo do carbono, e o efeito-estufa é necessário para que a Terra sobreviva. Mas invenções humanas, como as usinas de energia e os sistemas de transporte, ambas acionadas por combustíveis fósseis, liberam CO2 adicional na atmosfera. Como nós adicionamos e continuamos a adicionar CO2à atmosfera, mais calor fica armazenado na Terra, o que gera lenta elevação na temperatura do planeta, um fenômeno conhecido como aquecimento global.
O dióxido de carbono não é o único gás causador do efeito-estufa. Outros deles são os vapores de água, o metano, o óxido nitroso, os hidrofluorcarbonos, os perfluorcarbonos e o hexafluorídeo de enxofre.
Cientistas estimam que as emissões mundiais desses gases, causadas por atividades humanas, aumentaram em 70% entre 1970 e 2004. As emissões de dióxido de carbono cresceram em 80% no mesmo período [fonte: IPCC (em inglês)]. Muitos pesquisadores acreditam que o processo de resgate e armazenagem de carbono pode reduzir esse número a um patamar saudável.
O resgate de carbono envolve aprisionar o dióxido de carbono em sua fonte de emissão, transportá-lo para um lugar de armazenagem (normalmente em grande profundidade sob a terra) e isolá-lo. Isso significa que poderíamos capturar o CO2 excessivo diretamente nas usinas de energia, criando energia mais ecológica.




terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Relator da Lei Geral propõe alterar férias escolares na Copa de 2014

Proposta antecipa início das aulas em janeiro e amplia férias de julho.
Objetivo é desafogar trânsito e desestimular feriados municipais e estaduais.

Débora Santos Do G1, em Brasília
Deputado Vicente Cândido durante leitura do relatório da Lei Geral da Copa em comissão da Câmara (Foto: Agência Câmara)Deputado Vicente Cândido durante leitura do
relatório da Lei Geral da Copa em comissão da
Câmara (Foto: Agência Câmara)
O relator da Comissão Especial da Lei Geral da Copa na Câmara, deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), informou ao G1 que incluiu no texto final do projeto uma mudança no calendário escolar de 2014 para antecipar o início das aulas e aumentar o período das férias de julho em toda a rede escolar durante o Mundial de futebol no Brasil.
Ele afirmou que a alteração no relatório final será apresentada oficialmente nesta terça-feira (13), quando a Lei Geral deve ser votada na comissão especial. Se aprovado na comissão, o texto, que tramita em regime de prioridade, vai direto para o plenário. Depois, ainda precisa ir para o Senado antes de ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff.
Na maioria dos estados, as aulas começam no fim de fevereiro e as férias de meio de ano duram todo o mês de julho. De acordo com o calendário proposto pelo deputado, que valeria, segundo ele, tanto para rede pública quanto para rede privada, o ano letivo começará no dia 20 de janeiro de 2014 e as férias do meio de ano vão de 11 de junho a 21 de julho.
O mundial começa no dia 12 de junho e se encerra em 13 de julho - veja calendário dos jogos no Globoesporte.com.
A Lei de Diretrizes Básicas da Educação (Lei 9394/1996) não estabelece datas para o calendário escolar na educação básica, do ensino infantil ao ensino médio, deixando a definição de início e término das aulas para as secretarias municipais e estaduais de ensino. A legislação apenas define que precisa ser seguida a carga horária mínima anual de 800 horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias de trabalho escolar.
O relator esclareceu que a antecipação do início das aulas e o aumento das férias de meio de ano não causariam impacto no currículo escolar.
O deputado disse também que sua intenção, com a alteração no calendário das aulas, é desafogar o trânsito e desestimular que estados e municípios instituam feriados, conforme prevê a Lei Geral.
“É reconhecido no Brasil inteiro que nas grandes cidades, pelo menos, há um impacto no trânsito muito em torno da mobilização dos alunos no período escolar, eu creio que isso resolveria bastante a questão da mobilidade. Talvez nem precise, nesse caso, decretar feriados nos estados e municípios”, disse Cândido.


A Lei Geral reúne as normas para a realização do Mundial no Brasil, entre as quais as medidas exigidas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) com as quais o governo se comprometeu para promover a Copa.
Votação
De acordo com o relator, a expectativa da base governista é votar o projeto da Lei Geral no plenário da Câmara antes do recesso parlamentar - a previsão é de que as votações ocorram até o dia 23 de dezembro.
“Estamos costurando esse acordo e já avançamos bastante. Colocamos o projeto na mão de todos os líderes. Creio que na segunda é possível finalizar o texto e na terça votamos na Comissão. Estamos todos, governo e lideranças da base, imbuídos da intenção de votar na quarta-feira [em plenário], o que seria um grande feito da Câmara, levando a apreciação para o Senado em fevereiro do ano que vem”, afirmou o relator.
Sustentabilidade
Além de campanhas pelo desarmamento e contra as drogas previstas para o período da Copa, o deputado petista pretende incluir no projeto um item para estimular empresas e entidades envolvidas na organização do mundial a realizar programas de sustentabilidade.
O projeto vai criar um selo de sustentabilidade que será concedido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de acordo com critérios que demonstrem a contribuição para preservar o meio ambiente.
“Vejo um momento importante em que o Brasil se projeta para o mundo e pode também trabalhar a conscientização das empresas fornecedoras e entidades em apresentar programas que tenham no bojo a sustentabilidade. Ao adquirir esse selo, a empresa estaria, talvez, subindo no ranking da contribuição social e da responsabilidade social”, avaliou Vicente Cândido.
Aeroportos, bebidas e meia-entradaNa semana passada, a Comissão Especial da Lei Geral da Copa se reuniu para uma apresentação dos principais pontos do projeto. Uma das propostas debatidas foi a utilização de aeroportos militares como forma de aliviar a demanda por aeroportos civis durante a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
A proposta é resultado de uma emenda de autoria do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ). A intenção é discutir com o Ministério da Defesa o uso dos aeroportos militares para se receber delegações de atletas e autoridades dos países participantes do evento.
Outro ponto contemplado no relatório é a liberação, durante a Copa do Mundo e a Copa das Confederações, em 2013, da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, atualmente proibida pelo Estatuto do Torcedor.
Pelo texto, a venda e o consumo ocorrerão somente nos bares e estabelecimentos situados no interior dos estádios, conforme procedimento adotado em países europeus.
A Lei Geral prevê ainda a reserva de pelo menos 300 mil ingressos - dentre os cerca de 1 milhão que serão colocados à venda direcionados a brasileiros - para estudantes, idosos, portadores de deficiência, indígenas e participantes de programa de transferência de renda, com preço sugerido de R$ 50.
O valor corresponde aos US$ 25 propostos pela entidade de futebol - de acordo com o texto, metade do preço do ingresso mais barato.


Canadá abandona oficialmente o Protocolo de Kyoto

País diz que tem o direito legal de deixar o acordo e evita multas pesadas.
Documento de 1997 é o único tratado global contra emissões de carbono.

Da France Presse


O Canadá se retirou do Protocolo de Kyoto, um acordo para redução das emissões de gases do efeito estufa, declarou nesta segunda-feira (12) o ministro canadense do Meio Ambiente, Peter Kent.




"Estamos invocando o direito legal do Canadá de abandonar formalmente (o Protocolo de) Kyoto", disse Kent após a conferência da ONU sobre o aquecimento global encerrada no domingo em Durban, África do Sul.
"Kyoto não funciona" e o Canadá corre o risco de pagar multas de vários bilhões de dólares se permanecer neste acordo, disse Kent.
O Protocolo de Kyoto, fechado em 1997, é o único tratado global que fixa reduções de emissões globais de carbono.
Peter Kent, ministro do Meio Ambiente do Canadá (Foto: Reuters/Chris Wattie)Peter Kent, ministro do Meio Ambiente do Canadá (Foto: Reuters/Chris Wattie)
Mas as reduções fixadas afetam os países ricos, com exceção dos Estados Unidos, que não é signatário do acordo, e não afeta os grandes emergentes como China ou Índia.
Sob o Protocolo de Kyoto, o Canadá concordou em reduzir até 2012 suas emissões de carbono a 6% menos que os níveis registrados em 1990, mas, em vez disso, suas emissões aumentaram consideravelmente.
A saída do Canadá do protocolo fará com que o país evite pagar multas de até 13,6 bilhões de dólares por não ter cumprido as metas.
Os representantes de cerca de 190 países aprovaram no domingo na conferência da ONU sobre o clima de Durban um mapa do caminho para um acordo global em 2015 destinado a reduzir as emissões de gas de efeito estufa.

Bolsa no Exterior


Reunião debate programas de educação integral e ensino médio


Segunda-feira, 12 de dezembro de 2011 - 18:29
O debate sobre o currículo da escola pública estará em pauta em reunião técnica que acontece desta terça-feira, 13, a 15, em Brasília. Realizada pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação, a reunião vai discutir a execução dos programas Ensino Médio Inovador (ProEMI) e Mais Educação.

Participam das atividades cerca de 300 coordenadores regionais. Eles vão debater a expansão da educação integral em escolas urbanas e do campo e nos territórios do Brasil sem Miséria.

O Mais Educação é uma estratégia do MEC para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da educação integral. Em 2012, o programa será ampliado. Foram pré-selecionadas como prioritárias 14,2 mil novas escolas públicas urbanas, mas para receber recursos do MEC, os gestores devem aderir ao programa. A expectativa do ministério é ter a participação de dez mil novos estabelecimentos no próximo ano.

Ensino Médio – Instituido para incentivar as redes estaduais de educação a criar ações inovadoras para o ensino médio, o ProEMI passará a receber recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) em 2012. Os recursos serão aplicados para desenvolver ações de apoio e fortalecimento de novas propostas curriculares.

As secretarias de educação dos estados e do Distrito Federal, após formalizada a adesão ao ProEMI, deverão selecionar as escolas que participarão do programa e apresentar, até 29 de fevereiro de 2012, os projetos de reestruturação curricular dessas escolas.

Os projetos de reestruturação curricular deverão contemplar, obrigatoriamente, ações nas áreas de acompanhamento pedagógico, iniciação científica e pesquisa. Os projetos também podem abordar os campos da cultura corporal, cultura e artes, comunicação e uso de mídias, cultura digital, leitura e letramento e participação estudantil.

O ProEMI tem orçamento previsto em R$ 140 milhões e deve atender no próximo ano 2 mil escolas em 17 estados e no Distrito Federal.

Diego Rocha